A Marca Agrofamiliar Brasileira  4h1s3n

Fale Conosco: 0800-940-1285 h3t6n

MENU 19512l

MARCO ANCESTRAL: homicídios de indígenas no país aumentam 10% em meio à falta de demarcação de terras 453ga

Segundo dados do Atlas da Violência, divulgados nesta segunda-feira, 12 de maio, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea, e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2023, o número de homicídios de indígenas no Brasil aumentou 10,7% em relação ao ano anterior, totalizando 227 vítimas. A falta de demarcação de terras e os conflitos territoriais estão entre os principais fatores que impulsionam essa violência. A taxa de homicídios entre indígenas foi de 22,8 por 100 mil habitantes, superando a média nacional. O estudo também mostra que o Amapá lidera atualmente o ranking de homicídios de indígenas por 100 mil habitantes. Além disso, os resultados da pesquisa também servem de alerta para a alta taxa de suicídios entre indígenas, motivada por fatores como tensões territoriais, desigualdade social e discriminação. A CONAFER apoia a demarcação de terras indígenas e o marco ancestral contra a inconstitucionalidade do marco temporal. Por meio da Secretaria Nacional de Povos, Comunidades Tradicionais e Política Social (SEPOCS), a Confederação promove de forma permanente ações sociais e educativas sobre os direitos indígenas nas aldeias de todo o país 

A demora na demarcação de terras indígenas e a falta de uma definição clara do Supremo Tribunal Federal, STF, sobre a inconstitucionalidade do marco temporal, aumentam a violência contra os povos indígenas. Sem as terras oficialmente reconhecidas e protegidas, essas comunidades ficam mais expostas a invasões de garimpeiros, pistoleiros e outras pessoas que disputam o território. Isso gera conflitos que muitas vezes acabam em atos de violência e homicídios. Como resultado, houve o aumento de 10% na taxa de homicídios entre indígenas no Brasil, segundo o estudo Atlas da Violência. Entre as principais causas estão os conflitos territoriais e os feminicídios. Ao todo, 227 indígenas foram assassinados em 2023, segundo o estudo, contra 205 em 2022.

Indígenas de várias etnias participaram da marcha do acampamento terra livre (ATL) em defesa da demarcação de suas terras – Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O Atlas da Violência mostra que o número de homicídios de indígenas no Brasil tem variado ao longo dos anos, com um pico de 247 casos em 2017 e um mínimo de 186 em 2019. Em 2023, a taxa de homicídios registrados por 100 mil habitantes era de 22,8, enquanto em 2022 era de 21,5. Entre 2022 e 2023, houve aumento nas taxas de homicídios registrados em mais da metade dos estados, como Rio Grande do Sul, que teve aumento de 420,8%, Pernambuco, com 311,1%, Tocantins, com 177,1%, Espírito Santo, com 117,1%, e o Distrito Federal, com 90,2%.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A pesquisa também revela que o Amapá tem a maior taxa geral de homicídios por 100 mil habitantes, alcançando 57,4. O estado, localizado na região Norte do país, enfrenta um cenário crítico marcado pelo avanço de facções criminosas, conflitos armados e altos índices de letalidade policial. Essa combinação de fatores agrava a insegurança pública e afeta especialmente populações vulneráveis, como os indígenas, que vivem em áreas com pouca presença do Estado e enfrentam constante ameaça à sua integridade física e territorial.

Foto: Reprodução

Além do aumento nos homicídios, o Atlas da Violência também chama atenção para a alta taxa de suicídios entre indígenas no Brasil. Segundo o estudo, esse cenário está relacionado a fatores como a falta de demarcação de terras, tensões territoriais, desigualdade social, discriminação, dificuldades de o à saúde e a constante exposição à violência. As taxas de suicídio entre indígenas seguem muito acima da média nacional. Em 2013, eram 6,8 vezes maiores, com 34,2 mortes por 100 mil habitantes entre indígenas, contra 5 por 100 mil na população geral. Apesar de uma redução ao longo dos anos, os números continuam alarmantes: em 2023, a taxa entre indígenas foi de 18,6, ainda 2,4 vezes maior que a média nacional, que ficou em 7,8.

Especialista aponta que disputas por terras têm impacto nas taxas de suicídio entre indígenas. Na foto, membros de diversas etnias protestam por questões fundiárias em Brasília – Foto: André Coelho / Agência O Globo

Esses dados mostram que a falta de demarcação de terras e a demora na decisão do STF sobre o marco temporal estão diretamente ligadas ao aumento da violência contra os povos indígenas no Brasil. O crescimento dos homicídios e das taxas de suicídio entre indígenas revela o abandono dessas populações. Sem suas terras garantidas, muitas comunidades ficam expostas a invasões, ameaças e conflitos, vivendo em situação de insegurança constante. Diante disso, a SEPOCS da CONAFER apoia os indígenas de todo o país, de forma permanente, com ações sociais e educativas, promovendo os direitos dos povos originários. Além disso, a Confederação segue defendendo o marco ancestral contra o marco temporal e denuncia injustiças contra as aldeias por meio de reportagens publicadas no site da entidade e na TV CONAFER, no YouTube. 

Compartilhe: 6lg1x

Categorias 516j16

MAIS ASSUNTOS w5k5j

+PECUÁRIA BRASIL: sucesso do programa impulsiona aumento de 30% na demanda da pecuária familiar por sêmen geneticamente melhorado  675u18

GRIPE AVIÁRIA: 24 países suspenderam a importação de carnes de aves do Brasil; país quer flexibilizar os embargos 3q3n70

+PECUÁRIA BRASIL: programa transforma a bovinocultura, injeta quase R$ 6 bilhões na economia e aumenta o PIB com sustentabilidade  6u6864

PL DA DEVASTAÇÃO: meses antes da COP 30, Senado aprova desmonte do licenciamento ambiental 4y5k51

COMBATE AO GARIMPO: no estado do Amazonas, AGU impede mineração na Terra Indígena Tenharim do Igarapé 67n6r

DNA INDÍGENA: estudo da USP publicado na revista Science revela que em 27 milhões de brasileiros corre sangue dos povos indígenas  6v3ws

GRIPE AVIÁRIA: responsável por 35% do comércio global de frango, Brasil enfrenta proibições nas exportações 3x3j2f

DIA DA FAMÍLIA: CONAFER celebra a agricultura que alimenta gerações, fortalecendo lares e comunidades rurais em todo o Brasil 5r1n1c

DA TERRA À MESA: Ministério do Desenvolvimento Agrário lança novo edital com R$ 100 milhões para projetos agrofamiliares 6l6e6x

TEMAS 4gb71

ÚLTIMAS NOTÍCIAS 32134

GRIPE AVIÁRIA: 24 países suspenderam a importação de carnes de aves do Brasil; país quer flexibilizar os embargos 3q3n70

ALERTA AMBIENTAL: no Dia da Mata Atlântica, um pedido urgente para a demarcação de terras indígenas 6565l

+PECUÁRIA BRASIL: programa transforma a bovinocultura, injeta quase R$ 6 bilhões na economia e aumenta o PIB com sustentabilidade  6u6864

PRINCIPAIS PROGRAMAS 4h5l5i

Arquivos Conafer 123s3k

VEJA TAMBÉM 49175l

PL DA DEVASTAÇÃO: meses antes da COP 30, Senado aprova desmonte do licenciamento ambiental 4y5k51

COMBATE AO GARIMPO: no estado do Amazonas, AGU impede mineração na Terra Indígena Tenharim do Igarapé 67n6r

DNA INDÍGENA: estudo da USP publicado na revista Science revela que em 27 milhões de brasileiros corre sangue dos povos indígenas  6v3ws

GRIPE AVIÁRIA: responsável por 35% do comércio global de frango, Brasil enfrenta proibições nas exportações 3x3j2f

+PECUÁRIA BRASIL: Feira de Caibaté-RS deve atrair 30 mil pessoas até domingo; entre as atrações, bezerros nascidos do programa de melhoramento genético 18143v

DIA DA FAMÍLIA: CONAFER celebra a agricultura que alimenta gerações, fortalecendo lares e comunidades rurais em todo o Brasil 5r1n1c

DA TERRA À MESA: Ministério do Desenvolvimento Agrário lança novo edital com R$ 100 milhões para projetos agrofamiliares 6l6e6x

AGROCONAFER: Pronaf B é solução de microcrédito para agricultores com renda bruta familiar de até R$ 50 mil anuais e o sonho de produzir mais 5b2417